Na segunda-feira dia 29 de junho celebrou-se a gala dos Prémios Platino Xcaret do Cinema Ibero-americano 2020, que há sete anos tem reconhecido o melhor da produção cinematográfica e audiovisual dos países da nossa comunidade.
Desta vez, a entrega de galardões não pôde ser feita na Riviera Maya do México como habitualmente, tendo de ser feita, como tantos outros eventos de igual renome, em formato online, através do canal de YouTube dos Prémios Platino, devido à pandemia de Covid-19.
O grande vencedor da sétima edição desta iniciativa impulsionada pela Federação Ibero-americana de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais (FIPCA), pela Entidade de Gestão de Direitos dos Produtores Audiovisuais (EGEDA) e pelas Academias e Institutos de cinema ibero-americanos foi o filme Dor e glória, do cineasta espanhol Pedro Almodóvar.
Dor e glória recebeu seis estatuetas: Melhor filme ibero-americano de ficção, Melhor realização, Melhor guião (para o próprio Almodóvar), Melhor interpretação masculina (para Antonio Banderas), Melhor música original (para Alberto Iglesias) e Melhor direção de montagem (para Teresa Font).
O Prémio Platino à Melhor interpretação feminina recaiu na brasileira Carol Duarte, protagonista de A vida invisível, realizado pelo seu compatriota Karim Aïnouz, país que acabaria por receber também o seu segundo galardão com o Prémio ao melhor filme documental para Democracia em vertigem (The Edge of Democracy), de Petra Costa.
Uma fita mexicana coproduzida com os Estados Unidos recebeu o prémio para a Melhor primeira obra de ficção ibero-americana: La camarista, da mexicana Lila Avilés, enquanto outra estreia na longa-metragem de ficção, neste caso da costa-riquenha Antonella Sudasassi, El despertar de las hormigas (co-produção da Costa Rica e Espanha) recebeu o Prémio Platino ao cinema e educação em valores.
O Prémio Platino ao Melhor filme de animação foi para Buñuel en laberinto de las tortugas, de Salvador Simó, e os galardões à Melhor direção de arte, Melhor direção de fotografia e Melhor direção de som recaíram, respetivamente, em Mientras dure la guerra do espanhol Alejandro Amenábar (com Juan Pedro de Gaspar na direção de arte) e Monos do colombiano-equatoriano Alejandro Landes, que recebeu duas estatuetas (fotografia para Jasper Wolf e som para Lena Esquenazi).
No setor das séries, o prémio à Melhor minissérie ou telessérie foi para La casa de papel, que também recebeu o prémio à Melhor interpretação masculina (para Álvaro Morte) e o prémio à Melhor interpretação feminina secundária (para Alba Flores); o prémio à Melhor interpretação feminina nesta categoria foi para Cecilia Suárez pela sua representação em La casa de las flores, e Gerardo Romano recebeu o prémio à Melhor interpretação masculina secundária pela sua participação na série El marginal III.
No site dos Platino são incluídos os pormenores das produções premiadas e nomeadas da VII edição, bem como os vídeos da gala de entrega de prémios.