O guião do filme paraguaio Las herederas, escrito pelo realizador Marcelo Martinessi, obteve o Prémio Borau-RAE 2020 concedido pela sessão plenária da Real Academia Espanhola em memória do cineasta, escritor e académico José Luis Borau, falecido em 2012.
A candidatura da obra de Martinessi foi apresentada pelos membros da Academia Paraguaia da Língua Estela Appleyard de Acuña, Esther González Palacios e José Antonio Moreno Rufinelli.
Com este novo galardão, Las herederas já conta com cerca de 40 prémios internacionais, entre eles dois Ursos de Prata na Berlinale, o Prémio Platino à melhor primeira obra de ficção ibero-americana ou o Prémio ao melhor filme latino-americano no Festival de San Sebastián.
Trata-se de uma co-produção do Paraguai com França, Alemanha, Noruega, Brasil, Uruguai e Itália que recebeu dois apoios do Programa Ibermedia de apoio ao cinema ibero-americano: ao Desenvolvimento da Convocatória 2014 e à Co-produção em 2015.
A comissão da RAE que concede esta distinção é presidida pelo seu diretor, Santiago Muñoz Machado, e integrada pelos guionistas, escritores e realizadores Josefina Molina Reig, Azucena Rodríguez e Manuel Gutiérrez Aragón, bem como pelos académicos da RAE, pela filóloga Aurora Egido e pelo dramaturgo Juan Mayorga.
O Prémio Borau-RAE nasceu graças ao legado que José Luis Borau deixou à Academia com este fim, tem uma verba de 20.000 euros e até este momento reconheceu os argumentos dos filmes El artista y la modelo, de Fernando Trueba e Jean-Claude Carrière; Truman, de Cesc Gay e Tomás Aragay, e Tarde para la ira, de Raúl Arévalo e David Pulido.
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Na imagem, uma cena da obra de estreia do cineasta paraguaio Marcelo Martinessi.