No dia 12 de junho realizou-se um pequeno-almoço de trabalho para apresentar e comentar os principais indicadores da edição 2018 do Anuário do Cinema Ibero-americano.
O evento celebrou-se na Fundación Euroamérica de Madrid, onde a conversa girou em torno das tendências nos hábitos do público espetador ibero-americano e nos conteúdos da produção cinematográfica de 2018, bem como das condições de produção, distribuição e modelos de financiamento nas várias cinematografias ibero-americanas.
A apresentação foi feita por Ángel Durández, produtor de cinema e vice-presidente da Fundación Euroamérica, e Fernando Labrada, presidente da Media Research & Consultancy (MRC).
“Trata-se de refletir sobre as questões do relatório, não tanto de dar dados, e assim pensar em como podemos avançar dentro do cinema e da televisão ibero-americanos”, convidou Labrada à conversa.
“O país que mais coproduções faz é a Argentina, seguida por Espanha e pelo México”, acrescentou. “É preciso realçar o papel que o Programa Ibermedia teve nestes anos. Graças ao Ibermedia, existe a coprodução na Ibero-América”.
Ao longo da conversa colocou-se particular ênfase na distribuição nas salas e na irrupção das plataformas digitais para ver cinema e televisão em computadores, tablets e telemóveis.
A maior parte concordou com o facto de quase todos os incentivos e apoios à cinematografia na região estarem orientados para a produção e praticamente nada para a distribuição, e esse fosso é fundamental para ler os dados do Anuário, principalmente aqueles que se afastam de cinematografias potentes como as da Argentina, Brasil, Espanha, México e Colômbia.
Durández referiu também que os indicadores do Anuário “começam a ser insuficientes com a irrupção das plataformas”. Enrique Vargas, coordenador do Espaço Cultural Ibero-Americano da Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB): “O mundo digital veio para ficar e tem eliminado muitas coisas e muito rápido”, disse. “É preciso avançar nos indicadores das plataformas porque nos poderíamos surpreender com números reveladores”. Referia-se à dificuldade que existe atualmente para obter dados fiáveis de consumo dessas plataformas.
A partir desta página de MRC é possível ler online e descarregar os Principais indicadores do cinema ibero-americano 2018, bem como os indicadores do cinema espanhol e um progresso de Espanha em 2019.
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© A fotografia é de Campeones, de Javier Fesser, a produção espanhola mais vista no seu país em 2018.